Quando na manhã, chuvosa, um tanto ou quanto fria do dia dezoito rumamos até Torres Vedras, para aí disputarmos o cross de Torres, levava-mos a certeza de que haviam muitas hipóteses de fazer-se história.
O cross era aquele que a Federação Portuguesa de Atletismo, tinha definido como o principal para aferir quem rubricava o passaporte para o campeonato da Europa.
Amélia Vieira e José Vieira, que se haviam levantado às quatro da manhã, fazendo a cansativa viagem de Castelo de Paiva, até à terra de Joaquim Agostinho, não se fizeram de rogados, não buscaram desculpas, antes, partiram em passadas vigorosas à conquista do sonho, sonho que é alicerçado em trabalho diário, dedicação desmedida.
Amélia Vieira, atleta sénior sem comboio teve dificuldade de equilibrar ritmos, quando encontrou o ideal as coisas estavam definidas não obstante o seu sétimo lugar mostraram uma Amélia mais confiante, mais alegre no desempenho.
José Vieira, que vinha dum quinto lugar na Amora, encontrou o cross ideal, duro, enlameado, a concorrência era "feroz" e quando vimos o internacional Paivense com a desinibição própria dos campeões ficamos com a certeza de que as contas para constituir-se o seleccionado Português iam passar por esta promessa do atletismo Português que dá pelo nome de José Vieira.
37º Corta-Mato de Matos Velhos (Torres Vedras) | Resultados Completos | ||
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Seniores Femininas | |||
7ª Amélia Vieira | |||
Sub23 Masculinos | |||
4º José Vieira |
Foto: A natureza ensina
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